POLICIAIS E
PROFESSORES EM CURITIBA
Vamos iniciar com alguns PARECERES sobre a questão no
Paraná:
Eu estava na minha mesa de
trabalho, em Valinhos/SP, quando as notícias começaram a “bombar” na INTERNET.
De imediato, busquei amigos que estão em Curitiba e que pudessem me dar
NOTICIAIS REAIS. Por que digo isso? É simples: A BAND e a GAZETA DO POVO
mostram um lado da notícia. A REDE MASSA e a VEJA... Mostram outro lado. Os
grupos se dividem e cada um “apelida” o seu opositor de ALIENADO. “Vocês leem
VEJA e acham que estão com a verdade dos fatos”, diz um grupo. “Vocês leem a
GAZETA e acham que estão com a ‘corda toda’”, respondem os outros.
Um amigo meu – Policial – diz que
os manifestantes tentaram passar por cima da Polícia para chegar à Assembleia. “O nervosismo – disse ele – toma conta;
estamos ali, na barreira de isolamento e o povo quer passar por cima da gente,
que estamos fazendo o nosso trabalho? A primeira medida é manter o cordão de
isolamento. A segunda, usar defender esse cordão dos ataques, revidando. A
terceira, afastar e dispersar a multidão (que é quando a violência realmente
tomou conta)”. Meu amigo disse, ainda, que é humanamente impossível
manter-se impassível diante da situação e que medidas tomadas no calor do
momento acabam sendo “desmedidas”.
Um conhecido meu que estava lá –
não é professor, mas é estudante e estava lá – escreveu que a polícia estava
impedindo que os manifestantes se aproximassem da praça de La Salette e
começaram a usar bombas de efeito moral, cassetetes e por aí vai, e bateram de
modo indiscriminado nas pessoas; usaram Cães Pitbul, balas de borracha, bombas
de efeito moral e muita violência.
Um cinegrafista da GAZETA DO POVO
me disse que o início realmente se deu quando um grupo de manifestantes tentou
retirar as barras de isolamento. Os policiais reagiram e, num segundo momento,
usaram de força desmedida para dispersar a multidão.
Em nota, a Arquidiocese de Curitiba
manifesta consternação e profundo lamento fatos ocorridos em frente à
Assembleia Legislativa do Estado do Paraná nestes últimos dois dias (28 e 29 de
Abril de 2015) em que se discutia o Projeto de Lei no 252/2015, que promove
mudanças no regime próprio da previdência social dos servidores estaduais – a
Paraná Previdência.
“Testemunhamos – diz a nota – com profundo pesar os fatos violentos
perpetrados pelas diferentes partes do
confronto. A violência, venha de
onde vier, é sempre a pior alternativa: fere-se a liberdade, golpeia-se a
dignidade da vida, esvazia-se o princípio democrático, as instituições
desfiguram-se e os direitos perdem a sua centralidade. Ao final, os adversários
do diálogo são os que mais se aproveitam desta situação de conflito. Hoje, a
paz foi derrotada.
Fatos:
·
Os manifestantes foram os iniciadores da
violência;
·
Os policiais responderam indo muito mais além e,
não dá para negar, passando dos limites.
·
A opinião pública “manipula” ou “ridiculariza”
os fatos (depende da fonte que você deseja consultar).
Veja este vídeo: https://www.youtube.com/watch?t=29&v=0HrYGl7_cDo
Há uma mistura inegável de fatos
acontecendo aqui e, agora, vou expressar a minha opinião:
1. Assim
como nas manifestações de 2013, há “gente de bem” e gente “violenta” nas
manifestações. A polícia não está preparada para administrar conflitos dessa
magnitude.
2. Há
SIM uma agenda política por detrás do Sindicato dos Professores, cuja filosofia
é nitidamente “pro-revolução armada”, “pro-anárquica”, e um Movimento assim ...
Perde a sua VOZ. O fruto que se tira disso é o cumprimento da AGENDA POLÍTICA
que já se tinha em mente: Tirar o PSDB do poder. A voz que gritava pelos
professores... Foi calada... Neste sentido, os professores são
instrumentalizados sim. Concordo com a Arquidiocese de Curitiba: Ao
final, os adversários do diálogo são os que mais se aproveitam desta situação
de conflito.
3. O
PSDB, na pessoa do Sr. Beto Richa, agiu de modo arbitrário. Expos os policiais,
humilhou os professores ali presentes e mexeu no bolso de uma das categorias
mais vilipendiadas desse país: A dos professores. Quem está pagando pela crise
nacional e estadual, gerada por um governo corrupto e uma oposição fajuta, suja
e tão corrupta quanto, é o povo.
4. Quem
saiu perdendo? Os professores de bem que estavam na manifestação e todos os
professores do Estado do Paraná. Quem saiu ganhando: O PT, que conseguiu tornar
essa brutalidade toda em evento internacional e arrebentou com o Beto Richa e
sua corja. Também saiu ganhando o PSDB, pois, embora tenha ficado marcado para
sempre por esta barbárie... Conseguiu levar o projeto de lei adiante. Quem saiu
perdendo? Os professores, que apanharam nas ruas e perderam boa parte do seu
dinheiro com essa lei absurda. Saíram perdendo os policiais, que mais uma vez
foram expostos pelo Governo a uma situação de conflito com a população,
denegrindo ainda mais a própria corporação.
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