quinta-feira, 25 de julho de 2013

QUINTA-FEIRA SANTA: FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM





Hoje nós cristãos fazemos memória do momento no qual Cristo estabelece Nova e Eterna Aliança. A antiga Aliança é consumada na cruz e nossa salvação... Completa na Ressurreição do Senhor. Assim como, na Antiga Aliança, Israel revivia a libertação do Egito e comia o cordeiro pascal, assim, mas de um modo infinitamente superior, nós fazemos memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor comendo Sua carne e bebendo Seu sangue. Não basta imolá-lo... é necessário comer o cordeiro! "Quem não come a minha carne e não bebe o meu sangue não terá vida".


Foi assim que os primeiros cristãos entenderam e transmitiram, de geração em geração, a PERENE PÁSCOA DO SENHOR, celebrada no Sacrifício eucarístico do Pão e do Vinho. Toda o culto cristão bebe e emana deste memorial... Aqueles que desassociaram o culto Cristão ao memorial de sua Paixão... Deixaram para trás o próprio coração que dá vida a Igreja.

A pregação da Palavra deve conduzir para a ratificação da nossa Aliança com Deus, o que fazemos na Eucaristia. É por isso que a Palavra sempre precedeu, na Liturgia, à Comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor, como narrou S. Justino Mártir no princípio da Igreja. Uma Igreja que prega e não conduz para a Eucaristia... sobrevive por algum tempo... Mas está fadada ao mundanismo.

Jesus, Messias sofredor, é colocado ao lado de Barrabás, diante de Israel. Barrabás (Bar-Abbas) significa "Filho do Pai". Israel tem diante de si o Messias libertador, cujo reino não é deste mundo, e um "Messias libertador", que prega libertação política, reino aqui, neste mundo, bem-estar, prosperidade...

"Fazei isto em memória de mim". Uma Igreja Eucarística é aquela que tem, diante de si, a Cruz do Senhor, da qual pendeu a nossa salvação, celebrando sua ressurreição e ratificando a Aliança até que Ele venha! Uma Igreja sem Eucaristia é uma igreja fadada a trocar o Messias Jesus pelo Messias Barrabás... Abandona-se a cruz para pregar uma promessa de bem estar aqui... Nesta terra... Troca-se Jesus por Barrabás.

É isto que fazemos memória hoje!

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